30.11.07

Alguém do Acre entrou nesse blog!

Tenho medo, alguém do Acre entrou nesse blog, tirei print screen disso:



Para quem não conhece sobre a fama do Acre recomendo que ouçam o nerdcast sobre teorias de conspiração, outro site que tem algo sobre é o blog "Câncer de Jack".

Lembrem-se leitores... a verdade está lá fora!

Fortuna!

ps: o mais interessante que a pessoa não entrou por um link externo, o que mostra que conhecia meu endereço... 0.0

ps2: Constantinopla!

Reflexão sobre a morte, ou:"Alguém quer jogar xadrez?"


É meus caros, "esse danado número um, que matou cristo e matou Tibério", como diria Augusto dos anjos, está passeando pela minha mente nessa madrugada inosossa em que fujo de fazer meus deveres.

Já li muito sobre a morte, e devo admitir que é um assunto que sempre me interessou, cheguei inclusive a fazer um mini-curso em algum simpósio de História da ANPUH sobre a representação da morte na arte Ocidental, li livros como História da morte no ocidente, do fabuloso Phillipe Ariés, e A morte é uma festa, de João José Reis. E com isso aprendi como a morte a noção de morte é diferenciada em cada época, e como isso é construido e reconstruído ao longo da História.

Já estudei seu significado nas cartas de Tarô e sei que a morte como símbolo não é algo a ser temido, pois ele revela a mudança, a morte é a transição de um momento para o outro, sendo assim éla é parte de nossa vida, pois nós estamos sempre em mudança.

Na religião estudei os egípcios e sua vida voltada para o morrer, os cristãos que creêm em um fim da alma e em um tribunal que pesa seus atos para te mandar ao céu ou ao inférno, nos espíritas, nos induístas e budistas que creêm (de forma diferente) na reencarnação e na volta da alma até o alcançar de um estágio X.

Nas artes li as Histórias do sandman e da morte escritas por Neil Gaiman que mostra uma morte em tom gótico, apresentando um morrer que é parte da vida, assisti o sétimo selo de Bergman, e a morte adiando seus atos por um jogo de xadrez.

Tudo isso e ainda sim a morte é algo que me deixa em transe à pensar na vida, e nos rumos ou não que seguirei, ela carrega uma onipresença e pode te levar a ações das mais diversas, do abandono total, do carpe diem, ao medo e projeção, do memento mori. No fim ela chega a estatus de divindade, ou talvez Gaiman esteja certo, ela é um perpétuo, acima dos deuses.

E no fim, comecei esse post pois lembrei de alguém que morreu a um tempo, e lembrar é sempre algo foda.

Fortuna!

28.11.07

É Adoniram... é uma ordem superior!

É uma ordem superior meus caros, assim diz a letra de "despejo na favela" do Adoniram Barbosa e é assim que funciona nossa justiça, mandam uma garota de 15 anos para uma cela com 20 homens, e dizem que não é a primeira vez que ela vai pra lá, e que chegou nesse meio tempo a ser inquirida inclusive pelo ministério público, e agora estão culpando a garota pelo "erro" pois não alegou ser de menor (embora fosse só bater o olho na guria para ver isso), inclusive hoje o delegado-geral da Polícia Civil do Pará, Raimundo Benalussy, alegou exatamente isso, que a garota deve ter problemas mentais para não ter dito que era menor de idade.

É impressão minha ou pessoal só ta levando a sério a parte da garota ser de menor, e não o fato dela ter sido presa com um monte de homem e estuprada quase que diariamente, enquanto a cela ao lado estava vazia e poderia ter sido utilizada para separa-la dos demais?

Essa é a justiça, alguem não liga e assina um papel, não há recursos, não tem ninguém com culhão para denunciar, é sempre assim, o dotô assina e o outros obedecem, porque? porque meu senhor, é uma ordem superior...

Vou me juntar ao Walter Carrilho e comer doritos porque a coisa ta feia.

Enquanto isso rezo pela vinda do V:

ps: esse rezar foi uma piada. o.0

Fortuna!

26.11.07

Notícia: Guitarrista do Queen vira reitor de faculdade.

Brian may além de ter sido guitarrista de uma das melhores bandas já formadas é PH.D. em astrofísica e agora se tornou reitor da "Universidade Liverpool John Moores". Esse se deu bem na vida!

Aí vai a notícia que saiu no Arte & Lazer do Estadão dia 19/11/2007 e pode ser vista aqui: http://www.estadao.com.br/arteelazer/not_art82569,0.htm

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Guitarrista do Queen vira reitor de universidade em Liverpool

REUTERS

LONDRES - Brian May, guitarrista da banda britânica Queen e que este ano completou um doutorado em astrofísica, foi nomeado o próximo reitor da Universidade John Moores de Liverpool.

May, que irá assumir o posto no começo de 2008, virou membro honorário da universidade este ano, em reconhecimento a sua contribuição às artes e às ciências com seu livro "Bang! The Complete History of the Universe" (Bang! A história completa do universo).

A universidade disse que a decisão é uma homenagem a May, 60 anos, que terminou seu doutorado após abandonar os estudos na juventude para seguir a carreira de músico.

May disse em um comunicado que a nova posição é uma honra e um grande desafio.

May estudava astrofísica no Imperial College de Londres quando formou a banda Queen com o vocalista Freddie Mercury e o baterista Roger Taylor em 1970.

Depois da morte de Mercury em 1991, May, autor de clássicos da banda como "We Will Rock You" e "Fat Bottomed Girls", gravou vários álbuns solo com a Brian May Band.

Ele publicou "Bang! The Complete History of the Universe" com Patrick Moore e Chris Lintott. O livro foi publicado no ano passado.

May será o quarto reitor da universidade e segue Cherie Booth, mulher do ex-premiê Tony Blair. Ela ocupou o cargo de 1999 a 2006.

(Por Belinda Goldsmith)

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Fortuna!

25.11.07

Ilya Prigogine - Carta para as futuras gerações.

Estava procurando um livro recomendado na pós graduação chamado "O fim das certezas", de um cientista Russo ganhador do prêmio nobel de Química em 1957 Ilya Prigogine, e me deparei com um texto belíssimo escrito por ele no caderno "Mais!" da Folha de São Paulo entitulado "Carta para as futuras gerações", datado de 30/01/2000.

Em pleno início do século XXI e no alto dos seus 83 anos (ele viria a morrer em 2003 com 86), o texto faz um balanço do século XX, com toda a segurança de quem a viveu e demonstra lucidamente desafios para o século XXI, seus perigos e suas possibilidades (ou como ele gosta de usar no texto "flutuações"), nos fazendo pensar na responsabilidade que nós cientistas e seres humanos temos de tentar construir uma realidade diferente dentro das várias possibilidades que nos aparecem.

Espero que gostem deste texto que nos faz pensar e enlouquecer um pouco mais.

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Carta para as futuras gerações, por Ilya Prigogine

IIya Prigogine é cientista de origem russa, nascido em Moscou, em 1917. Vive na Bélgica desde os 12 anos. Em 1977, recebeu o Prêmio Nobel de Química. É autor de O Fim das certezas (Ed. Unespi e A Nova Aliança (Ed. UnB), entre outros.

para o Caderno Mais!, da FSP, de 30/01/2000


Escrevo esta carta na mais completa humildade. Meu trabalho é no domínio da ciência. Não me da qualquer qualificação especial para falar sobre o futuro da humanidade. As moléculas obedecem a ''leis". As decisões humanas dependem das lembranças do passado e das expectativas para o futuro. A perspectiva sob a qual vejo o problema da transição da cultura da guerra para uma cultura de paz - para usar a expressão de Federico Mayor - se obscureceu nos últimos anos, mas continuo otimista.

De qualquer forma, como poderia um homem da minha geração - nasci em 1917- não ser otimista? Não vimos o fim de monstros como Hitler e Stalin? Não testemunhamos a miraculosa vitória das democracias na Segunda Guerra Mundial? No final da guerra, todos nós acreditávamos que a História recomeçaria do zero, e os acontecimentos justificaram esse otimismo.

Os marcos da era incluem a fundação da Organização das Nações Unidas e da Unesco, a proclamação dos direitos do homem e a descolonização. Em termos mais gerais, houve o reconhecimento das culturas não européias, do qual derivou uma queda do eurocentrismo e da suposta desigualdade entre os povos "civilizados e os ''não-civilizados". Houve também uma redução na distância entre as classes sociais, pelo menos nos países ocidentais.

Esse progresso foi conquistado sob a ameaça da Guerra Fria. No momento da queda do Muro de Berlim, começamos a acreditar que enfim seria realizada a transição da cultura da guerra para a cultura da paz. No entanto a década que se seguiu não tomou esse rumo. Testemunhamos a persistência, e até mesmo a ampliação, dos conflitos locais, quer sejam na África, quer nos Bálcãs. Isso pode ser considerado, ainda, como um resultado da sobrevivência do passado no presente. No entanto, além da ameaça nuclear sempre presente, novas sombras apareceram: o progresso tecnológico agora torna possível guerras travadas premindo botões, semelhantes de alguma forma a um jogo eletrônico.

Sou uma das pessoas que ajudaram a formular as políticas científicas da União Européia. A ciência une os povos. Criou uma linguagem universal. Multas outras disciplinas, como a economia e a ecologia, também requerem cooperação internacional. Fico, por isso, ainda mais atônito quando percebo que os governos estão tentando criar um exército europeu como expressão da unidade da Europa. Um exército contra quem? Onde está o inimigo? Por que esse crescimento constante nos orçamentos militares, quer na Europa, quer nos Estados Unidos? Cabe às futuras gerações tomar uma posição sobre isso. Na nossa era, e isso será cada vez mais verdade no futuro, as coisas estão mudando a uma velocidade jamais vista. Vou usar um exemplo científico.

Quarenta anos atrás, o número de cientistas interessados na física de estado sólido e na tecnologia da informação não passava de umas poucas centenas. Era uma "flutuação", quando comparado às ciências como um todo. Hoje, essas disciplinas se tornaram tão importantes que têm consequências decisivas para a história da humanidade.

Crescimento exponencial foi registrado no número de pesquisadores envolvidos nesse setor da ciência. E um fenômeno de proporção sem precedentes, que deixou muito para trás o crescimento do budismo e do cristianismo.

Em minha mensagem às futuras gerações, gostaria de propor argumentos com o objetivo de lutar contra os sentimentos de resignação ou impotência. As recentes ciências da complexidade negam o determinismo; insistem na criatividade em todos os níveis da natureza. O futuro não é dado.

O grande historiador francês Fernand Braudel escreveu: ''Eventos são poeira". Isso é verdade? O que é um evento? Uma analogia com ''bifurcações", estudadas na física do não equilíbrio, surge imediatamente. Essas bifurcações aparecem em pontos especiais nos quais a trajetória seguida por um sistema se subdivide em ramos". Todos os ramos são possíveis, mas só um deles será seguido. No geral não se vê apenas uma bifurcação. Elas tendem a surgir em sucessão. Isso significa que até mesmo nas ciências fundamentais há um elemento temporal, narrativo, e isso constitui o "fim da certeza", o título do meu último livro. O mundo está em construção e todos podemos participar dela.

Metáforas úteis Como escreveu Immanuel Wallerstein: ''É possível - possível, mas não certo - criar ou construir um mundo mais humano e igualitário, melhor ancorado no racionalismo material". Flutuações do nível microscópico decidem que ramo emergirá em cada ponto de bifurcação, e portanto que evento acontecerá. O apelo às ciências da complexidade não significa que estejamos sugerindo que as ciências humanas sejam "reduzidas" à física. Nossa empreitada não é de redução, mas de reconciliação. Conceitos introduzidos das ciências da complexidade podem servir como metáforas muito mais úteis do que o tradicional apelo a metáforas newtonianas.

As ciências da complexidade, assim, conduzem a uma metáfora que pode ser aplicada à sociedade: um evento é a aparição de uma nova estrutura social depois de uma bifurcação; flutuações São o resultado de ações individuais.

Todo evento tem uma ''microestrutura''. Tomemos um exemplo histórico a Revolução Russa de 1917. 0 fim do regime czarista poderia ter tomado diferentes formas, e o ramo seguido resultou de diversos fatores, tais como a falta de previsão do czar, a impopularidade de sua mulher, a debilidade de Kerensky, a violência de Lênin. Foi essa microestrutura, essa flutuação, que determinou o desfecho da crise e, assim, os eventos que a ela se seguiram.

Desse ponto de vista, a história é uma sucessão de bifurcações. Um exemplo fascinante de como isso transcorre é a transição da era paleolítica para a neolítica, que aconteceu praticamente no mesmo período em todo o mundo (esse fato é ainda mais surpreendente dada a longa duração da era paleolítica). A transição parece ter sido uma bifurcação ligada a uma exploração mais sistemática dos recursos minerais e vegetais. Muitos ramos emergiram dessa bifurcação: o período neolítico chinês, com sua visão cósmica, por exemplo, o neolítico egípcio, com sua confiança nos deuses, ou o ansioso período neolítico do mundo pré-colombiano.

Toda bifurcação tem beneficiários e vítimas. A transição para a era neolítica trouxe a ascensão de sociedades hierárquicas. A divisão do trabalho implicou em desigualdade. A escravidão foi estabelecida e continuou a existir até o século 19. Ainda que o faraó tivesse uma pirâmide como tumba, seu povo era enterrado em valas comuns.

O século 19, da mesma forma que o 20, apresentou uma série de bifurcações. A cada vez que novos materiais eram descobertos - carvão, petróleo ou novas formas de energia utilizável-, a sociedade se transformava. Será que não se poderia dizer que, tomadas como um todo, essas bifurcações conduziram a uma maior participação da população na cultura' e que de lá por diante as desigualdades entre as classes sociais nascidas na era neolítica começaram a diminuir?

Homem e natureza No geral, bifurcações são a um só tempo um sinal de instabilidade e um sinal de vitalidade em uma dada sociedade. Elas expressam também o desejo por uma sociedade mais justa. Mesmo fora das ciências sociais, o Ocidente preserva um espetáculo surpreendente de bifurcações sucessivas. A música e a arte, por exemplo, mudam a cada 50 anos. O homem continuamente explora novas possibilidades, concebe utopias que podem conduzi-lo a uma relação mais harmoniosa entre homem e homem e homem e natureza. E esses são temas que ressurgem constantemente nas pesquisas de opinião sobre o caráter do século 21.

A que ponto chegamos? Estou convencido de que estamos nos aproximando de uma bifurcação conectada ao progresso da tecnologia da informação e a tudo que a ela se associa como a multimídia, robótica e inteligência artificial. Essa é a "sociedade de rede", com seus sonhos de aldeia global.

Mas qual será o resultado dessa bifurcação? Em qual de seus ramos nos encontraremos? A palavra "globalização" cobre uma grande variedade de situações diferentes? E possível que os imperadores romanos já estivessem sonhando com globalização, uma cultura única dominando o mundo. A preservação do pluralismo cultural e o respeito pelo outro exigirá toda a atenção das gerações futuras. Mas há outros riscos no horizonte.

Cerca de 12 mil espécies de formigas são conhecidas hoje. Suas colônias variam de algumas centenas a muitos milhões de indivíduos. E interessante notar que o comportamento das formigas depende do tamanho da colônia. Em colônias pequenas, a formiga se comporta de forma individualista, procurando comida e a levando de volta ao ninho. Quando a colônia é grande, porém, a situação muda e a coordenação de atividades se toma essencial. Estruturas coletivas surgem espontaneamente, então, como resultado de reações autocatalíticas entre formigas que produzem trocas de informação medidas quimicamente.

Não é coincidência que nas grandes colônias de formigas ou térmites os insetos individuais se tomem cegos. O crescimento populacional transfere a iniciativa do indivíduo para a coletividade.

Por analogia, podemos nos perguntar qual será o efeito da sociedade da informação sobre nossa criatividade individual. Há vantagens óbvias nesse tipo de sociedade - basta pensar na medicina ou na economia. Mas existe informação e desinformação. Como diferenciá-las? Claramente, isso requer cada vez mais conhecimento e um senso crítico desenvolvido. O verdadeiro precisa ser distinguido do falso,o possível do impossível. O desenvolvimento da informação significa que estamos legando uma tarefa pesada às futuras gerações. Não devemos permitir que surjam novas divisões resultando da ''sociedade de redes" baseada na tecnologia da informação. Mas é preciso igualmente examinar questões mais fundamentais.

Em sentido geral será que a bifurcação reduzirá a distância entre os países ricos e os pobres? A globalização será caracterizada pela paz e democracia ou por violência, aberta ou disfarçada? Cabe às futuras gerações criar as flutuações que determinarão o rumo do evento correspondente à chegada da sociedade da informação.

Minha mensagem às futuras gerações, portanto, é de que os dados não foram lançados e que o caminho a ser percorrido depois das bifurcação ainda não foi escolhido. Estamos em um período de flutuação no qual as ações individuais continuam a ser essenciais.

Quanto mais a ciência avança, mais nos espantamos com ela. Fomos da idéia geocêntrica de um sistema solar para a heliocêntrica, e de lá para a idéia das galáxias e, por fim, para a dos múltiplos universos. Todos já ouviram falar do Big Bang. Para a ciência, não existe um evento único, e isso conduziu à idéia de que múltiplos universos podem existir. Por outro lado, o homem é até agora a única criatura viva consciente do espantoso universo que o criou e que ele, por sua vez, pode alterar. A condição humana consiste em aprender a lidar com essa ambiguidade. Minha esperança é de que as gerações futuras aprendam a conviver com o espanto e com a ambiguidade.

A cada ano, nossos químicos produzem milhares de novas substâncias, muitas das quais derivadas de produtos naturais - um exemplo da criatividade humana no seio da criatividade natural como um todo. Esse espanto nos leva a respeitar os outros. Ninguém é dono da verdade absoluta, se é que essa expressão significa alguma coisa. Acredito que Richard Tarnes esteja certo:

''A paixão mais profunda da alma ocidental é redescobrir a unidade com as raízes de seu ser''.

Essa paixão leva à afirmação prometéica do poder da razão, mas a razão pode também conduzir à alienação, a uma negação daquilo que dá valor e significado ávida. Cabe às futuras gerações construir uma nova coerência que incorpore tanto os valores humanos quanto a ciência, algo que ponha fim às profecias quanto ao ''fim da ciência'', ''fim da história" ou quanto ao advento da ''pós-humanidade''.

Estamos apenas no começo da ciência, e muito distantes do tempo em que se acreditava possível descrever todo o universo em termos de algumas poucas leis fundamentais. Encontramos o complexo e o irreversível no domínio microscópico (tal como associado às partículas elementares), no domínio macroscópico que nos cerca e no domínio da astrofísica. Cabe às futuras gerações construir uma nova ciência que incorpore todos esses aspectos, porque, por enquanto, a ciência continua em sua infância.

Da mesma forma, o fim da história poderia ser o fim das bifurcações e a realização das visões de pesadelo de Orwell ou Huxley quanto a uma sociedade atemporal que perdeu sua memória. Cabe às futuras gerações manterem-se vigilantes para garantir que isso jamais aconteça. Um sinal de esperança é o de que o interesse pela natureza e o desejo de participar da vida cultural jamais foi maior do que hoje. Não precisamos de nenhum tipo de pós-humanidade. Cabe ao homem tal qual é hoje, com seus problemas, dores e alegrias, garantir que sobreviva no futuro. A tarefa é encontrar a estreita via entre a globalização e a preservação do pluralismo cultural, entre a violência e a política, e entre a cultura da guerra e a da razão. São responsabilidades pesadas.

Uma carta às gerações futuras é sempre e necessariamente escrita de uma posição de incerteza, de uma extrapolação arriscada do passado. No entanto, continuo otimista. O papel dos pilotos britânicos foi crucial para decidir o desfecho da Segunda Guerra Mundial. Foi, para repetir uma palavra que usei com frequência nesse texto, uma "flutuação". Confio em que flutuações como essa surgirão sempre, para que possamos navegar seguros entre os perigos que hoje percebemos. É com essa nota de otimismo que eu gostaria de encerrar minha mensagem.

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Fortuna!

23.11.07

Aos capitães Nascimento, eu ofereço o Mussum.

Estava preparando um post sobre sonhos, empolgado pegando imagens e vídeos, quando deu a hora de trabalhar. Na escola por algum motivo haviam chamado a ronda escolar e ficou dois policiais durante o intervalo na escola, um ficou tranquilo, enquanto o outro tava dando esporro até em quem estava quieto, ao tocar o sinal logo na saída da sala dos professores para o pátio (lugar onde se encontrava a figura), estavam uns alunos que me perguntaram de trabalho e eu parei um pouco para falar com eles. Eis que o dito cujo chegou e perguntou o que estávamos esperando que já havia batido o sinal, que era para irmos pra sala, falei então que era professor e que só estava falando com meus alunos, o que parece ter deixado o figura meio bravo, e começou a falar que estava atrapalhando o serviço dele, que ele não poderia sair dali enquanto não terminasse o intervalo, enfim, fui para minha sala puto da vida.

Após a minha aula ele veio falar que tirei a autoridade dele (assim como ele havia tirado a minha antes, retruquei), como ele estava sem identificação perguntei seu nome, e como o Brasil é o país da piada pronta, só podia ser... NASCIMENTO.

Como resposta aos Nascimentos, faço as minhas palavras a do mestre Mussum:



E tenho dito!

Fortuna!

20.11.07

Seu Hugo Chávez, o senhor é um fanfarrão!

Eu ando cansado de discutir idéias com pessoas que não quererm nem ouvir uma argumentação e te taxam de tudo quanto é coisa só por você ter uma idéia contrária a dela, ou expor um argumento que vá de encontro com o ideário formado na sociedade, ou pelo grupo, e nesse aspecto se enquadra a idéia de capitalismo e comunismo.

O maniqueísmo é uma idéia idiota, é coisa de quem assistiu muito cavaleiros do zodíaco na infância, tudo é 08 ou 80, ou você está do lado de Seya ou seus amigos, ou está contra eles, e deve ser morto HA HA HA HA (risada maléfica), porém o mundo é bem mais complicado do que isso, vejamos a própria noção de comunismo, você vai ter várias linhas de pensamento dentro dela, existe a leninista, trotskista, stalinista, gramsciniana, o marxismo cultural inglês, os frankfurtianos, etc... e essas são somente algumas formas de ver as idéias de Marx, existem ainda outras tantas visões sobre comunismo e socialismo, e o mesmo ocorre com anarquismo, capitalismo, e qualquer visão. Não existe verdade, e sim verdades, e elas são subjetivas.

Um exemplo disso tudo é o Hugo Chávez, sei que ele é um idiota, isso é inegável, porém o que se vê contra ele é uma crítica burra, pois as pessoas deixam de observar alguns detalhes básicos de seu governo na Venezuela. O primeiro é que ele foi eleito democraticamente, não importa o quanto briguem, foi a população, principalmente de baixa renda que o colocou lá, e porque? porque um país riquíssimo em petróleo tem uma discrepância em renda gigantesca, se você ta na merda, e sabe que seu país tem muita grana e os políticos que estão comandando tão pouco se fudendo para você, acaba votando mesmo em quem pretende te ajudar, e enquanto o Chavéz suprir essa população ele estará no poder, pois a população pobre é a maioria, quer a classe média, alta e o mundo goste ou não, isso se chama democracia.

O segundo ponto foi o golpe feito contra Chávez, apoiado pelos US and A, que acabou virando um fracasso exatamente pela população não querer de volta aquele grupo que mantinha o poder antes, então aconteceu o contra-golpe e Chávez voltou ao poder com muito mais força e liberdade para atacar seus desafetos. O tiro saiu pela culatra, e o golpe dá respaldo para o cara fazer o que quiser, por conta de um esquema anti-democrático, acabou criando-se uma figura anti-democrática de forma democrática.

Existe um documentário muito bom sobre o golpe e o contra-golpe, feito por dois diretores que estavam na época na Venezuela e dá para ver muitas discrepancias entre fatos e as notícias veiculadas, e a diferencia social entre os pró e contra chavéz, o filme se chama "A Revolução não será televisionada", e acha no youtube em 10 partes. (parte 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 )

Enquanto Chavéz mantiver sua megalomania dentro do seu país tudo fica tranquilo, ele só perderá a razão se fizer algum tipo de investida contra algum território, enquanto ele tiver respaldo da população ele pode fazer muita coisa, e como disse, é a democracia, e eu a respeito.

E não sou comunista, muito menos capitalista... :)

Fortuna!

19.11.07

Country roads, take me home, to the place i belong.

De volta à vida de professor e blogueiro, nada como feriado prolongado, mesmo com chuva e tempo ruim, o ócio, os livros, os amigos, e as comidas gordurosas fazem tudo valer à pena, só faltou o amor, mas esse espero ver em breve (Te amo Helen).

E volta a rotina e o cotidiano, se bem que sempre que abro o caderno da Folha de São Paulo com esse nome entro em desespero, exemplo é essa notícia do dia 15/11/2007: Mulher obriga família a jejuar e morre, isso no cotidiano, as vezes concordo com o Deive Pazos, o Azhaghâl do site Jovem Nerd, e acho que a Terra merece um meteoro do tamanho de Júpiter batendo nele. Só assim.

Porém nem tudo é bizarrice nesse mundo, fiquei feliz em ver um amigo, Abílio Marcondes Godoy lançando seu segundo livro, cheio de contos inéditos e com um trabalho de editoração muito bonito da editora 7 letras, o livro se chama Hiato e saiu pela coleção rocinante, ainda não tem no site, mas quando aparecer eu coloco aqui uma imagem.

Outra coisa legal da semana foi o blog e projeto de revista TRIALÉTICA, feito por alguns alunos de História da USP, e entre eles a namorada de um amigo (mas isso não é jabá, até porque meu site não dá audiência, HUAUHAHUA)Juliana Amoasei, que assina dois textos, um artigo sobre sobre HQ e política, e uma resenha do livro "Grouxo- Marxismo". Para baixar a versão "beta" da revista é só ir ao blog e clicar no respectivo link, ou clicar aqui.

E lembre-se, sempre cite as fontes, e dê os devidos créditos :)

Bom... balanço da semana feito, volto mais tarde com algo mais interessante.

Asta la vista, babe!

Fortuna!

13.11.07

5 músicos que veremos ascender ao céu em breve.

Certas lendas não morrem, ascendem ao céu simplesmente, sei que esse é um post baba-ovo e bem particular, mas é que esses dias estava pensando em tributos, e como a melhor forma de faze-los é quando a pessoa ainda vive, e procurando algumas lendas da música, descobri que muitos ainda vivem e tocam, algums com mais de 50 anos de carreira, por isso abro aqui um tópico com 5 grandes nomes que veremos ascender ao céu em breve.

1-) B.B. King:

Pode não ser rockeiro, mas o "Blues Boy King",é uma figura a ser reverenciada no alto dos seus 82 é um dos últimos representantes dos verdadeiros blueseiros do Mississipi.

Uma curiosidade tirada da wikipedia: Uma das imagens de marca de King é chamar às sua guitarras o nome de "Lucille" - uma tradição que vem desde a década de 1950. No inverno de 1949, King se apresentou num salão de dança em Twist, no Arkansas. Com o intuito de aquecer o salão, acendeu-se um barril meio cheio de querosene no centro do salão, prática muito comum na época. Durante a apresentação, dois homens começaram a brigar e entornaram o barril que imediatamente espalhou chamas por todo o lado. Durante a evacuação, já fora do estabelecimento, King apercebeu-se de que tinha deixado a sua guitarra de 30 dólares no edifício em chamas. Voltou a entrar no incêndio para reaver a sua Gibson acústica, escapando por um triz. Duas pessoas morreram no fogo. No dia seguinte, soube que os dois homens tinham começado a briga devido a uma mulher chamada Lucille. A partir dessa altura, passou a a designar as suas guitarras por esse nome, para "se lembrar de nunca mais fazer uma coisa daquelas."

Então aí vai um video para celebrarmos o primeiro músico que veremos ascender ao céu:



2-) Chuck Berry:

Nascido em 1926, é considerado por muitos como o "pai do Rock", pois nas gravações de Maybellene em 1950, a música já apresentava vários traços do que mais tarde viria ser o Rock, e sr. Berry continua vivíssimo e fazendo shows.

Curiosidade na Wikipedia: Em 1986, Keith Richards organizou para seu ídolo confesso um grande show para comemorar seus 60 anos, realizado em Saint Louis. Nele foi filmado o documentário "Hail!Hail!Rock'Roll", na qual Chuck Barry, acompanhado de Etta James, Julian Lennon, Robert Cray, Eric Clapton, entre outros convidados, celebrava sua carreira. Foi o seu último grande momento artístico na mídia, embora tenha continuado nos anos seguintes a fazer turnês.

Berry também foi centro de uma indesejada polêmica nos anos 90 por sua suposta mania de espionar mulheres. Ele teria instalado câmeras de vídeo secretas nos banheiros femininos de seu restaurante...

Então um vídeo com Chuck Berry cantando Johnny B. Good:



3-) Little Richard:

Nascido em 1932, Ricardinho ficou muito famoso no meio da década de 50, misturando o nascente Rock com o R&B, algo que devo confessar, Elvis fez melhor do que ele, mas pelo menos apesar de se tornar um religioso, não virou um gordo decadente como Elvis na fase Las Vegas (eu adoro Elvis, mas até decada de 60, depois disso é triste vê-lo).

Little Richard continua na ativa até hoje também, aí vai um vídeo dele tocando Lucille:



4-) Jerry Lee Lewis:

Esse talvez seja uma das figuras mais controversas do rock, nascido em 1935, Jerry se ferrou em um escândalo quando casou com sua prima em segundo grau de 13 anos, depois disso aconteceu de tudo com o cara, virou músico country, terminou o casamento com Myra em 1970, perdeu dois filhos, se envolveu com alcool e drogas, baleou em uma brincadeira o seu baixista, foi preso e tudo mais...
Em 2006 lançou o cd Last Man Stand, com participações de: Jimmy Page, B.B. King, Buce Springteen, Mick Jagger, Neil Young, Keith Richards, Kiddy rock, Eric Clapton e outros.
Um vídeo de Jerry Lee em seu auge em 1957:



Outro dele tocando em 2003, com direito a garotas fazendo strip... alguém que tem 70 anos, e consegue ter em seu show garotas tirando a roupa pode se considerar um homem feliz:



5-) Coloque aqui sua lenda da música:

Olha, músicos old school não to achando mais nenhum... se achar algum comento mais tarde, por isso termino com um vídeo de Johny Cash feito um pouco antes da sua morte, um cover de Hurt, do Nine Inch Nails, versão legendada em português. \o/



Fortuna pessoal!

8.11.07

Construção: Vire um político com Marcelo Tas

Marcelo Tas é uma das figuras mais interessantes dentro do jornalismo (e da blogosfera ) no Brasil, tendo participado inclusive da criação de muitos programas para a TV como "Rá-Tim-Bum", "Castelo Rá-Tim-Bum" e "Vitrine" na TV Cultura de São Paulo e "Programa Legal" na Globo. Além de ser muito conhecido pelo seu personagem Ernesto Varela, o repórter mais anárquico ja visto na TV, que estava sempre a fazer perguntas, criticando assim situações muitas vezes sutilmente, o bom que alguma coisa dessas entrevistas podem ser vistas no youtube:



Agora, o ponto principal desse tópico é um vídeo que já rola pela internet a um bom tempo, trata-se do piloto de um programa que iria ao ar junto ao Fantástico, com o nome de "Fora do Ar", no episódio Tas ensina sobre o Telepronpter, ferramenta muito usada nas redações de jornal, mas direciona sua visão para o seu uso na política, e demonstra como com um acessório destes qualquer um pode se tornar um político,

Infelizmente o programa foi recusado e nunca passou na TV, porém o vídeo pode ser visto na internet, e resolvi colocar aquim, percebam as participações que vão do político mais cara-de-pau do Brasil, o sr. Paulo Maluf, à Carla Perez.



Esse vídeo, é fabuloso, e perigoso, dá para saber o porque de sua rejeição.

Fortuna!

E que Hakim Bey nos proteja.

6.11.07

It's The End Of The World As We Know It



Hoje acordei com essa música do R.E.M na cabeça, é o fim do mundo como nós o conhecemos, e bem, Isto merece um post Lol!

2012 é para o calendário Maia o "ano do Juízo final", é o que muito se ouve por aí, na internet já temos os grupos falando milhares de coisas sobre o ano como se uma mudança milagrosa fosse operar frente ao mundo, o que me fez lembrar os hippies que falavam sobre a "Era de Aquários" em 1962, todo aquele papo de kali Yuga (tempo presente no calendário Indú), disseram até que Jesus renasceu naquele ano, e até agora NADA!

Esse é o problema da sociedade, ela precisa de datas e oráculos falando o que lhes acontecerá, é como se fosse um trailer de filme, você vê as possibilidades e espera sentado comendo uma pipoquinha para ver se a coisa toda vai acontecer, é quase um sentimento mórbido de espera, acho que só não tem uma bolsa de apostas sobre o fim do mundo pois não daria para retirar o dinheiro após ele.

Mas sobre os Maias, o tempo não é linear com um fim, e sim circular, e não é um fim do mundo, e sim uma época de mudanças, e sinceramente não precisa olhar pra calendários para ver como tudo anda de mal a pior, porém mudanças não vem com milagres, e sim com ações e talvez isso tudo seja a grande piada final do universo, nada vai nos matar a não ser nós mesmos. O ser humano é egoísta até na morte.



Do the evolution babe!

Fortuna!

4.11.07

Cuidado! Você está sendo vigiado.

Post sobre viagem no tempo virá, mas resolvi partir para uma questão diferente hoje já que todo esse sistema de controle do blog me fez lembrar o Vigiar e Punir do Foucault.


Ok, sei que tem muita gente por aqui que não conhece muito sobre pensadores, filósofos e cientistas, ainda mais se for algum autor da área de humanas, o que restringe muito mais, pois os escritos desses autores parecem ser colocados como estudos herméticos ligados a algum tipo de sociedade secreta pela academia, por outro lado os estudos de humanas são normalmente menos divulgados, pois eles tratam em analisar o homem em sociedade, o que gera críticas, e o sistema não é fã de críticas. Por tudo isso vou tentar apresentar um pouco da sua idéia, principalmente sobre controle da sociedade através da vigilancia.

Michel Foucault (1926 - 1984), é um autor que trabalha muito a noção de poder, principalmente com relação loucura (olha ela aí novamente) e a sexualidade. Seu livro mais famoso contudo se chama "Vigiar e punir: O nascimento da prisão", em que ele discute o que é o poder, e como se institucionalizou, um poder para vigiar e punir as pessoas, e muito mais do que isso, para colocar as pessoas em um tipo de molde. A idéia que quero pegar do livro em forma bem simples é a de parou de se punir as pessoas pela dor e passou a punir a alma, essa é a essência da prisão moderna, mas você ainda cria um sistema chamado "panóptico", onde uma pessoa que vigia pode ver todos os presos, mas os presos não podem vê-lo, e assim você coloca esses presos em um estado de eterna vigilãncia, o vigiar se torna o punir.

Porém essa técnica não é restrita a prisão, ela acaba sendo desenvolvida de forma intencional na própria sociedade, são as escolas com seus vidros na porta para passar o diretor, a hierarquia cada vez mais estruturada, é uma forma de transformar o corpo em algo dócil, de colocar a sociedade em uma forma, para evitar a punição você vigia, mas o vigiar ja é uma forma de punição, pois ela é a materialização do poder. E o poder não é só de instituições, mas ele é entre uma pessoa e outra, pais/filhos, patrão/empregado, mais velhos/ mais novos, e aí você pergunta, o que isso tudo tem haver com uma ferramenta de blog?


Sei que muita gente assiste Big Brother, nome aliás tirado do livro "1984", do Orwell (dou aula e pessoal se assusta em saber que o nome é relacionado a um livro), e sabe o quão tentador é ficar observando a vida alheia, julgando-a e exercendo nosso poder, é essa a sensação que essa ferramenta me dá, sei de que link a pessoa veio, o IP, o sistema operacional, o navegador, o provedor, a resolução da tela, você está sendo vigiado por mim ao entrar aqui, assim como é vigiado em qualquer lugar, você tem dados na internet, tem conta em bancos, a sociedade precisa cada vez mais exercer seu poder de vigiar, e vemos isso com o número cada vez maior de câmeras, e sistemas que podem simplesmente serem usados para ficar de olho em você, o que você faz, onde você anda.

E aí lhes pergunto, qual a sensação de ser vigiado?

Fortuna!

Viagem no tempo ainda nesse século?

Estava atrás de algumas questões sobre viagem no tempo para colocar no blog e achei essa notícia, retirado do site: http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI950762-EI238,00.html

Professor prevê viagem no tempo ainda neste século

Um pesquisador da Universidade de Connecticut, nos EUA, diz ter encontrado um método viável para viajar no tempo. Usando como base a famosa equação da relatividade de Einstein, E=mc2, Ronald Mallett desenvolveu um experimento para observar o movimento de partículas subatômicas no tempo, e acredita que a viagem de humanos poderá acontecer ainda neste século.

"Einstein mostrou que massa e energia são a mesma coisa. Sempre que você fizer alguma coisa ao espaço, você também afeta o tempo," disse Mallet, professor na universidade há 30 anos. "Girar o espaço também leva o tempo a girar, significando que, ao menos teoreticamente, é possível caminhar através do tempo assim como caminhamos pelo espaço," completou.

O experimento de Mallett utiliza espelhos e lasers para criar um raio de luz circular que deve distorcer o espaço-tempo à sua volta. Vendo que partículas de neutrons têm um ciclo de vida muito curto, Mallett espera observar essas partículas existindo por um tempo maior do que o esperado quando colocadas no aparelho. Um ciclo de vida maior significaria que as partículas atravessaram uma dobra de tempo até o futuro.

Enquanto a sua equipe ainda espera financiamento para o projeto, Mallett calcula que a possibilidade de viagem no tempo utilizando este método poderá ser verificado dentro de uma década. "Dependendo das descobertas, tecnologia, e financiamento, acredito que a viagem de humanos através do tempo poderá acontecer ainda neste século," disse Mallett ao site PhysOrg.com.

Redação Terra



Isso me assusta!!

Em breve um post sobre viagem no tempo, com muito gardenal para todos. :)

* A imagem utilizada se chama "A Persistência da Memória", de Salvador Dali

Fortuna!

3.11.07

Tarot: O Louco.

Aposto que um monte de pontos de interrogação apareceram ao ler esse título, e a mesma questão brotou-lhes a mente: TAROT?? Tira a droga do moleque que deve ter surtado de vez!

Mas lhes digo que não sou viciado em nenhuma droga ilegal, e SIM!! TAROT!! Porque? Pois apesar de todo esse papinho místico, uma coisa não podemos nos esquecer, nossa vida é feita de símbolos, signos e sinais (prepararei um post sobre essas questões e a semiótica, mas isso é assunto para outro dia), e se existe algo que trabalha totalmente com simbologia, e arquétipos (também prometo explorar isso outro dia, mas seria algo como um modelo das coisas existentes), é o tarot, e se existem duas cartas de Tarot que eu particularmente adoro é O Louco e A Morte.

Obviamente, por conta do nome dado ao blog e da proposta apresentada, eu gostaria de falar sobre O Louco:


Esse Louco, é do baralho conhecido como "O Tarot de Marseille", um dos mais tradicionais, e de origem francesa (Marseille é uma cidade da França para quem não sabe).

Para quem não conhece a estrutura do tarot, é formado por dois arcanos, os maiores e os menores, os menores são os nossos baralhos normais com naipes, os maiores são as 22, e apresentam figuras simbólicas.

O louco é considerado uma das cartas mais singulares dos arcanos maiores, pois ele pode ser tanto a carta 0, quanto a carta 22, e apresenta a figura de um homem andando de forma distraída, com um pequeno cão ao seu lado, segurando um cajado, levando suas trouxas para algum tipo de viagem. O louco como o número 0, ou 22 pode ser a pessoa no início ou no fim da viagem, está indo ou voltando por caminhos tortuosos, é a pessoa que sai em busca do conhecimento, ou o que já recebeu o conhecimento, como em um ciclo eterno, o cajado tem sempre uma simbologia de poder, e o cão representa o instinto.

O louco sempre é visto como um idiota, exatamente por sua decisão de sair do mundo, mas por isso mesmo ele o enxerga melhor que os outros, e carrega em si uma dualidade, ele pode ser a inocência do que começa sua busca, ou pode ser o desapego daquele que muito conhece, e só sabe que nada sabe.

Bom, foi uma análise bem simplesinha, pessoal fica analisando até o botão que a figura tá usando em um cata-pulga danado, mas esse é o básico, é a figura que sempre nos lembrará o conhecimento e a busca que devemos fazer deixando muita coisa para trás e pegando a estrada.

Espero que não tenha ficado Zen demais esse post, mas acho que foi um bom primeiro ato.

Fortuna!

2.11.07

E no início era o caos.

Porque e para que fazer um blog? O que tenho para acrescentar a esse universo da blogosfera?

Esse foi meu questionamento nesses últimos dias, mas antes de lançar luzes ao presente e futuro fiz uma singela retrospectiva de minha vida de blogueiro, que é curta, rápida e triste. Primeiro blog, um blog de contos e no estilo diarinho, sinceramente era uma porcaria, mas eu até que gostava, é bem anterior a minha ida à faculdade, no fim das contas terminou abandonado.

Depois temos o segundo blog cuja temática era a mesma do antigo, reavivei alguns contos, escrevi novos, e era tão underground que nem minha namorada lembrava o endereço 0.0, acabou sendo deletado sem querer, e claro que com esse ato mereceria uma alcunha de LOSER! Foi um momento triste em minha vida blogueira.

E então veio o terceiro e último blog, após eu deletar o antigo, fui convidade por um amigo, o André Diniz, para escrever em seu blog The Coke Inc., porém o blog sempre foi algo muito pessoal do André, e sinceramente não me senti muito à vontade, por aspectos de minha própria neurose.

Aqui então chegamos ao derradeiro ponto, após pensar tudo isso, e ver tanta decepção porque continuar e tentar algo novo nessa vida de blogueiro? Simples, eu quero e acho que tenho algo a dizer, mas resolvi direcionar o blog para uma linha mais séria, dentro do pensamento que adotei durante a faculdade, que é a tentativa de melhorar o meio em que vivemos através do conhecimento, um lugar para expor pensamentos, teorias, e loucuras desse mundo, por isso o título, que sinceramente considerei um achado (tá, não é dos melhores, mas o blogspot não deixa muita opção), pois se pensar e tentar conhecer o mundo é coisa de maluco, que fiquemos então todos loucos!*

Aí enfim a idéia começou a fluir, do início do blog até a dominação mundial, onde todos se curvarão diante de minha figura \o/, e para esse plano maquiavélico resolvi chamar dois amigos, o PX, e o MING, para essa tarefa.

Então surgem perguntas:

Mas o que vocês tem para oferecer? Não sou o maior fã de ostentar títulos, mas quis pegar para o blog pessoas com diferentes pontos de vista, mas em comum o gosto pela discussão, e a felicidade em enlouquecer pessoas, para essa nobre façanha temos: eu, Guilherme Grünewald, também conhecido como LESHRAC, formado em História. Temos então Roberto, ou simplesmente PX, um filósofo no melhor estilo Zen destruidor de mentes. E finalmente Tiago Fraggoso (sim, ele tem o nome do ator global), ou Ming, um matemático Ogro, e grosso. :)

Ok, então é um blog de intelectuais? Aí está um nome que eu odeio, "intelectuais", parece ser algo relacionado a um clubinho chato e enfadonho, e essa não é a idéia aqui, gostaria de fazer algo inteligente, e até engraçado, para ajudar as pessoas, ou faze-las entender mais do mundo, e expressar pontos de vista, que são bem diferentes entre os integrantes do blog.

Cara, esse blog é muito feio! Estou providenciando mudanças em breve. :)

Enfim, acho que está terminado as considerações iniciais e depois coloco adendos.

* Nego até a morte a influência do blog Pensar enlouquece, do Inagaki na escolha do nome desse blog.


Fortuna e Viva Aeris!

Fique Louco!