27.5.08

And darling, darling stand by me...


Poderia começar esse post com um "Não se fazem mais filmes como antigamente", porém isso iria soar como palavras de um nostálgico que está envelhecendo (fiz 1/4 de século nesse 23/05/2008), porém é impossível negar que cada vez mais estamos sendo privados do sentir e da sensibilização com nosso mundo, sem querer ser piegas cresci vendo pica-pau e Tom e Jerry, porém alguns desenhos como Fievel tendo como pano-de-fundo a Revolução Russa, onde camadas da sociedade são dissecadas e apresentadas como um conto de fadas, nos emocionando pelo e com o personagem estão cada dia mais raros.

Talvez um grande exemplo do que tento expor é um filme que marcou o meio da década de 80 chamado "Stand By Me", ou em português "Conta Comigo", baseado em um conto chamado "Body", do sempre surpreendente Stephen King. A premissa do filme é simples, um grupo de amigos indo atrás do corpo de um garoto que morreu atropelado pelo trem, a jornada e crescimento dos personagens durante o caminho e em seu retorno nos faz refletir sobre nossos problemas e escolhas diárias, acrescentado ao clima da década de 50 e ao ideal "On the road", o filme parece mostrar que embora vejamos jovens rebeldes com suas maquinas possantes apostando corridas, os que realmente entenderam o espírito de pegar a estrada e buscar um mundo novo é um bando de garotos com problemas familiares em uma disputa de gerações que vai do pai bandido, o pai ex-veterano de guerra psicopata, e o pai que considera que o filho deveria ter morrido no lugar do irmão mais velho/jogador de futebol/popular, e estes mais do que andam para ver um corpo, eles andam para ver um mundo novo, um mundo sem seus pais e conflitos.

Durante o filme o personagem que mais rouba a cena é o Chris Chambers, interpretado pela revelação da época River Phoenix, que incorpora a figura do "vagabundo iluminado", aquele que por ser jogado a margem da sociedade consegue enxerga-la de forma magistral, Corey Feldman também está ótimo como um neurótico de guerra mirim, e Will Wheaton ccomo Gordie, o narrador da história é a figura que durante o trajeto cresce e vê um novo mundo após botar o pé na estrada.

No fim das contas o que quero dizer é que raramente temos filmes como esse, e parece ser algo cada vez mais raro, os filmes parecem cada vez mais um amontoado de cenas de ação e situações cômicas, não que seja ruim, mas também não é só disso que vive a alma humana, e também algo que já explorei no post sobre o Krampus é que parece haver uma tentativa de proteção da criança com relação a sentimentos, e o pior é que talvez não seja somente da criança e sim de toda a sociedade, pensar e sentir parece ser algo cada vez mais distante, principalmente na cultura pop atual.

17.5.08

Sexo, homem x máquina (1/3): Imaginário do robô ou...

... Todas as replicantes são gostosas.





Salve meus inexistentes leitores, após um bom tempo sumido estou de volta, continuando minha trilogia sobre sexo homem x maquina, essa loucura toda que eu em meu pouco juízo resolvi escrever.

Tenho aqui em casa um livro chamado "Ficção Científica Brasileira: Mitos culturais e nacionalidade no país do futuro", escrito pela americana M. Elizabeth Ginway, em que ela discute toda a temática com relação ao Brasil e sua cultura relacionado a produção literária em ficção científica, e nesse livro ela comenta sobre o ícone do robô, é muito interessante pois ela cita um autor chamado Wolfe que coloca o robô como uma imagem alternativa da humanidade, muito mais que um simples substituto dos homens, e remonta a toda uma idéia ligada a própria escravidão, por isso ele muitas vezes pode ser visto como o submisso, mas tambem nele está o medo da revolta.

Talvez esse misto de submissão e rebeldia tenha uma mistura muito interessante dentro das mentes pervertidas, na verdade se você pensar que existem fetiches em se esfregar em balões de festa (falei esfregar e não voar com eles), a perversão por robôs parece até algo tranquilo, mas essa questão é para o próximo post, nesse vamos lembrar algums robôs com apelo sexual da cultura pop.

Bom, realmente não fui muito a fundo nessa questão, imagino eu que se chafurdasse em animês e mangás (hentais ou não) com certeza encontraria um caminhão de referências, mas vamos lá, a primeira lembrança que tive nessa questão foi um filme chamado "Cherry 2000" do diretor Steve de Jarnatt, protagonizado por David Andrews, e Pamela Gidley (como Cherry 2.000), também participam desse filme Laurence Fishbourne, e Melanie Griffith, O filme de 1987 apresenta um homem que vive bem com sua alta tecnologia e sua amante/esposa perfeita, um robô chamado Cherry 2000, porém um dia Cherry fica avariada, e o homem sai em uma jornada em busca da peça avariado, se aventurando em um mundo devastado tendo como combustível o amor ao seu robô, e ao longo do caminho descobre que mulher de carne e osso é bem melhor.

Temos de lembrar também da replicante interpretada por Daryl Hannah, a Pris, em um dos melhores filmes de ficção científica já feitos "Blade Runner". Pris é um replicante ou seja, é um ser biológicamente construído, cuja função era a prostituição, e se pensarmos um pouco em ficção científica, principalmente as que tem uma temática mais cyberpunk a utilização de robôs ou modificações tecnológicas para o prazer é algo recorrente, podemos ver por exemplo em filmes como "Inteligencia Artificial" várias referências, no Neuromancer de William Gibson não há robôs fazendo prostituição, porém as garotas são conhecidas como bonecas e tem um implante que faz com que a pessoa possa ser desligada, ou seja a garota se desliga e o cafetão manda pessoal entrar e fazer o que quiser, no fim do "expediente" ela é religada e ganha seu dinheiro, foi assim que Molly a samurai urbana Motherfucker consegue grana para colocar seus implantes óticos e navalhas por baixo das unhas (Marvel merecia um processo de plágio com a Lady Letal).

Enfim, post já esta se alongando e não quero comentar nada sobre a Vicky para não ter nenhum tipo de peoblemas legais, se bem que ja vi empresas japonesas que fazem umas real dolls com jeito de criança, e ai entra a questão do onde chegaremos, porém isso é questão para os dois próximos posts, para finalizar uma cena ardente entre com Rachael, a linda replicante interpretada por Sean Young, e um incerto humano (pode ser um caso de relacionamento entre dois replicantes) Harrisson Ford.


9.5.08

Vamos a la playa, ô, ô, ô, ô, ô...

Fala pessoal, quem é vivo aparece... ou não. :)

Sei que estou sumido, e prometi uma trilogia de bizarrice para todos, e acreditem ela está vindo, porém resolvi colocar antes um post do tipo "oi mamãe, voltei!" para dar um susto nas baratas e traças acumuladas pelos cantos. Para coroar o retorno recebi esses dias do meu primo Orlando que está passando frio lá pelas bandas do Canadá um vídeo do Youtube, da dupla italiana Righeira e seu hit "New Wave" "Vamos a la Playa", um clássico que assolou o mundo em i983, vejam o vídeo e dancem com eles:



Ok, bonitinho né? Agora leiam a letra em Italiano e tentem entender o que eles falam:

Vamos a la playa oh o-o-o-oh
Vamos a la playa oh o-o-o-oh
Vamos a la playa oh o-o-o-oh
Vamos a la playa oh oh

Vamos a la playa
La bomba estallo
Las radiaciones tuestan
Y matizan de azul

Vamos a la playa oh o-o-o-oh
Vamos a la playa oh o-o-o-oh
Vamos a la playa oh o-o-o-oh
Vamos a la playa oh oh

Vamos a la playa
Todos con sombrero
El viento radiactivo
Despeina los cabellos

Vamos a la playa oh oh oh oh oh
Vamos a la playa oh oh oh oh oh
Vamos a la playa oh oh oh oh oh
Vamos a la playa oh oh

Vamos a la playa
Al fin el mar es limpio
No mas peces hediondos
Sino agua florecente

Vamos a la playa oh o-o-o-oh
( ad infinitum)


Perceberam que essa inocente canção é sobre um pessoal indo a praia depois de uma hecatombe pós apocalíptica? Essa música está ao lado de "Hotel California" como "Musicas que um dia pensei ser inocente e sobre coisas bonitinhas".

Cada coisa... e por hoje é só pessoal, depois volto com a primeira parte da trilogia sexo Homen x Máquina , ou, "Todas as replicantes são gostosas."

Fortuna!

25.2.08

Sexo, homem x máquina (0/3): uma introdução, ou...

...Porque esse maluco resolveu falar sobre transar com robôs?

"(...)We are the robots
Ja tvoi sluga
Ja tvoi Rabotnik robotnik
We are programmed just to do
anything you want us to
we are the robots(...)"

(Kraftwerk - The Robots)


A algumas semanas atrás eu vi uma matéria em várias mídias comentando sobre um tal de David Levy, especialista em Intaligência artificial que escreveu um livro entitulado, "Robots Unlimited: life in a virtual age", onde ele trabalha muito em cima das possibilidades de futuras interações sexuais entre homens e robôs. A partir daí saí em busca de algo mais profundo e achei na área de sexualidade do site about.com uma entrevista feita pelo Cory Silverberg, com o David Levy (quem quiser lêr é só clicar aqui), e achei muito interessante, mas entrarei nas questões levantadas por ele em outro texto.

A partir daí comecei a me questionar sobre algumas questões, já não vivemos de certa forma em uma época onde nos relacionamos sexualmente com máquinas? Já não direcionamos muitas pesquisas e desenvolvimentos tecnológicos para o ato de nos dar prazer? E claro a pergunta que não quer calar, será que os japoneses já tem alguma série de filmes, hentais, animês e um nome para o fetiche com robôs?

Então nada melhor que uma série (mais especificamente uma trilogia pq eu sou "nerd"), para pensarmos um pouco sobre essas questões, o primeiro post será sobre o imaginário do robô, a idéia do fetiche com a máquina, a ficção-científica já trazendo isso em suas histórias, hq´s, mangás, e japoneses (as vezes eles me dão medo). No segundo post falarei sobre o hoje, o que temos sobre essa relação em nossa sociedade nos dias atuais, como essa prática de buscar o prazer à qualquer custo tem uma longa trajetória de vida, e por fim , o terceiro vai tratar de pesquisas na área e o que se promete para o futuro.

Espero que gostem, e que eu consiga dar conta disso tudo durante essa semana. Até a próxima pessoal!

Fortuna!

* foto de Sebastian Niedlich (Grabthar), mostra o robô do clipe "All is full of love", da Björk, em exibição especial no museu de comunicação de Berlim.

21.2.08

Adendos e Top 5 Webcomics.

Hey, quem é vivo aparece, e aqui estou eu! Antes de mais nada gostaria de elogiar o blog amigo The Cocke Inc., por ter achado alguém para escrever sobre o "lado negro da 7ª arte", muito bom o post "Um novo colunista de mão cheia", parabéns!

Estou sumido, eu sei, mas vida não anda às mil maravilhas no momento estou desempregado e um tanto desanimado com o mundo, mas vou me esforçar para atualizar um pouco mais o fiquelouco.

Mas depois da choradeira vem minha lista de TOP 5 webcomics, claro que isso tudo é opinião pessoal, e é o que estou lendo no momento, as opiniões assim podem mudar a qualquer momento, mas agora a lista é essa.

Em 5º lugar: Order of Stick, esse talvez seja a webcomic mais nerd que eu conheça na internet, voltado para todos os viviados em D&D e fantasia, simplesmente maravilhoso.


Em 4º Lugar: Wulffmorgenthaler, essa webcomic dinamarquesa é ótima, tem um humor negro bem peculiar, e vem sendo traduzido para a lingua de camões pela Bruna Calheiros, ou simplesmente "Baunilha", colunista dos blogs Sedentário e Hiperativo, e Smelly Cat.

Em 3º Lugar: De(ath)sign, Webcomic brazuca com um humor cáustico, quem trabalhar em ag~encia de design e proganda vai se sentir parte da história, o legal dessa tira é o fato de ser baseada em fatos reais, se procurarem a cara do autor vão ver que ele se desenhou.


Em 2º Lugar: Questionable Content
, webcomic que conta a vida de um indie chamado Marteen, seus encontros, desencontros, amores e músicas, tudo regado a muito café, meio novelinha, mas muito legal. O interessante dessa webcomic é ver como o trabalho artistico do autor foi melhorando com o tempo.

Em 1º Lugar: Malvados, as tiras do Dahmer conseguem chegar a um grau de sarcasmo e humor negro impressionantes, incomodando com certeza muita gente, recomendo a todos que leiam a série de tiras "A Cabeça é a ilha"

10.2.08

Você tem sede de que? Você tem fome de que?(...)

...ou: A resignificação da memória.

Eu faço na PUC-SP especialização chamada "História , Sociedade e Cultura", e a cada semestre são desenvolvidas oficinas muito boas, no que é chamado "Atelier de Clio". Em uma dessa oficinas a temática era a memória, e a professora trabalhou basicamente com um texto famoso do Pierre Nora, autor francês ligado à "Nova História", chamado "Entre memória e história: a problemática dos lugares", em que ele trabalha a idéia das várias memórias, os espaços da memória como museus, a memória de quem viveu, etc... A professora para demonstrar esses aspectos passou para a classe um exelente filme de Alain Resnais, chamado"Hiroshima Mon Amour". A segunda parte da oficina foi uma pequena atividade que eu particularmente achei um pouco descabida, pois se tratava de um questionário sobre desenhos antigos e desenhos recentes, direcionando assim para a idéia de que lembramos mais dos desenhos antigos pois o fluxo de informações hoje é tão grande que a memória se torna algo efêmero e absorvemos muito porcamente o que nos é passado, o único detalhe é que no questionário sobre os desenhos antigos e recentes eu e mais alguns sabíamos basicamente tudo, e isso que estava contido coisas como digmon. HUAHUAHUA

Desses pontos cheguei a algumas reflexões sobre tudo isso. A primeira idéia é que a memória não é algo rígido, e sim algo volátil e assim como tudo na vida nós damos sentido e significado a elas, e conforme a vida se modifica a sua memória e seus significados da memória também se modificam, no caso dos desenhos por exemplo pelo fato das pessoas no lugar serem mais velhas o desenho provavelmente tem um significado ligado à geração e a infância, diferente da pessoa mais nova que está criando a memória naquele momento, é algo recente e ainda não tão significativo para ele. Alguns desenhos da minha época eu não ligava muito, porém ele tem uma conexão com minha pessoa pois é um desenho "da minha época", e também é relevante às outras pessoas que viveram aquele período, criando-se assim uma memória "compartilhada", que gera toda uma resignificação do que pensava daquele desenho, de repente em uma conversa de amigos você se lembra dele e os porques de não gostar muito, aí mesmo o não gostar acaba tendo um peso e um significado forte. Hoje posso dizer que sei mais de super sentais e chaves do que sabia na época que os assistia. :)

Outra reflexão é que embora tudo isso, não se pode negar que o próprio significado do que é memória, e dos objetos da memória estão em deslocamento, o que quero dizer com isso é que apesar de ser fácil viajar pela mente e memórias de milhares de pessoas através de blogs e afins, tudo está passível de ser destruído e "deletado" de forma muito mais fácil que um diário de papel, o mesmo para fotos e tantas outras coias, um probleminha na HD, um estagiário apagando sem querer algo importante de algum servidor ou banco de dados e as memórias de quem você é se vão. Talvez por isso hoje se busque de forma tão frenética aparecer, o "ser visto". Com tanta efemeridade e causas possíveis para destruir o que somos, ao menos aparecer e ser visto é uma maneira de nos vermos como imortais.

E tudo isso hoje porque ouvi uma mmúsica que gostava, mas vi que por ser mais velho sua letra faz mais sentido hoje do que já fez algum dia.

Fortuna!

31.1.08

Hoje eu acordei mais cedo, tomei sozinho o chimarrão...

Lendo as confusões e peripécias de Fábio Yabu em sua viagem pela América Latina, principalmente o episódio 13 contando sua ida à Montevidéu, acabei me lembrando da ida ano passado ao Simpósio Nacional de História da ANPUH (Associação nacional de História) em São Leopoldo - RS, onde acabei hospedado em um hotelzinho no centro de Porto Alegre, visto que as cidades são ligadas por um sistema de trem o que agilizava muito as coisas, além de poder desfrutar das facilidades da capital nas horas vagas. Foi em si uma viagem muito gostosa, a cidade é muito bonita e fui muito bem tratado pelas pessoas, além disso o contato mais direto com outros países da América Latina, cria toda uma cultura diferenciada inclusive com relação à política, mas o que me marcou nessa viagem foi o ganho de um vício, o chimarrão.

Me lembro da infância quando meu pai em um de seus famosos surtos por comprar novidades e coisas diferentes apareceu um dia com os apetrechos para se fazer chimarrão, mas só saia errado e a cuia logo em seguida furou, foi uma frustração só, então eu agora mais velho não podia perder a chance e matei uma tarde pouco interessante do simpósio, fui ao mercado municipal de Porto Alegre e adquiri uma cuia bonita mas bem simples, sem muito adornos como cavalos e tal, e todos os outros apetrechos (menos a garrafa térmica, o que eu me arrependo pois as de lá tem tipo um biquinho que melhora muito o trabalho) além de algumas variações de mate para experimentar. Porém durante a estadia acabei não me aventurando no preparo do mate, somente quando voltei para Jacareí - SP é que fui descobrir (a partir de vídeos do youtube principalmente) como que se preparava aquilo, e acabei ficando viciado.

Fora o gosto que sinceramente não acho amargo como pintam por aí, ele trás todo um conceito muito parecido com o café que é o de comunhão com algum grupo com o qual se divide a cuia, ou a figura do pensador solitário, conceitos esses vindo dos índios guaranis na região Sul que tomavam a Ilex Paraguariensis o dia inteiro a ponto do chá ser proibido pelos Jesuítas, o que não deu muito certo pois esses acabaram aderindo ao vício. Por isso o hábito existe em todo Sul da América do Sul, que é onde a erva é cultivada, esse entrave cultural acaba sendo problemático em outros estados como pro exemplo São Paulo, onde achar uma erva descente é uma desgraça, e acabou sendo meu maior arrependimento, deveria ter trazido mais mate, pois o que consgui por aqui foi em sua maioria inferior ao que trouxe de lá.

Enfim, recomendo para quem nunca experimentou se tiverem a oportunidade, não tenham medo pois podem estar perdendo um futuro vício, quem toma e sabe lugares com ervas boas em São Paulo ficaria feliz se pudessem compartilhar essa informação comigo, quem for do Sul e quiser mandar erva pra mim de presente eu aceito (hehe), e quem nunca tomou e quiser compartilhar da minha cuia (ui) é só falar.

Fortuna!

p.s¹: Com exeção de Pelotas as pessoas do Sul não são gays, todo Estado tem uma Campinas. (vou ser morto por essa frase).

p.s²: O título desse post é uma música do Engenheiros do Hawaii chamada Ilex Paraguariensis.

p.s³: Na foto eu, com minha cuia :)

Vídeo muito bom ensinando a preparar um chimarrão.

23.1.08

Coringa + separação + Lindsay Lohan + Terry Gilliam = morte de Heath Ledger

Blog de volta a ativa após um bom tempo em férias, agora começa pra valer a temporada 2008 do fique louco, prometo algumas melhoras aqui no site em breve.

Como primeiro post resolvi falar sobre aquela que será a morte mais comentada do ano, a de Heath Ledger, ator em absoluta ascenção, havia conseguido sair dos filmes teen bobinhos como "10 coisas que odeio em você" e "Coração de Cavaleiro", e ir para blockbusters como "O segredo de Brockeback Mountain", e o ainda em pós produção "Batman: The dark knight", e estava filmando "The Imaginarium of Doctor parnassus", do maluco Terry Gilliam.

Lembrei logo de início de uma entrevista dele que saiu em vários meios, em que ele fala que o processo de criação do coringa era tão intenso que estava com muitas dificuldades para dormir, e que mantinha um diário de anotações no estilo do coringa, escrevendo um monte de bizarrices, como achar a AIDS algo engraçado, procurando por ai vi que não fui o único a me lembrar dessa entrevista, o blog melhores do mundo fez um post entitulado: Heath Ledger, a culpa é do coringa? em que relembra essa entrevista dada ao New York Times e ainda encontra a informação que por conta da falta de sono ele andava na época tomando um remédio chamado Ambien que ao ser misturado com alcool pode ser fatal, a entrevista pode ser lida aqui. Sobre essa notícia ela saiu em Novembro de 2007, em Setembro ele havia terminado o casamento, isso se passa em plena época em que o The Dark Knight estava sendo produzido e o coringa sendo criado, ou seja, provavelmente toda a frustração e os problemas ele jogou na criação do Joker.

Quanto a relacionamentos em Setembro mesmo após a separação ja saiu a notícia que ele estava tendo um caso com a modelo dinamarquesa Helena Christensen, a famosa garota do clipe Wicked game de Chris Isaak, pouco depois há outra notícia sobre um affair entre ele e a porra-louca mór Lindsey Lohan, famosa por suas bebedeiras e uso de drogas.

Somando a isso temos o filme em que o ator estava trabalhando atualmente no "The Imaginarium of Doctor Parnassus", do Terry Gilliam, conhecido sempre pelos seus filmes bizarros. O plot do filme é: story about the leader of a traveling theater troupe who, through a deal with the Devil, takes audience members through a magical mirror to explore their imaginations. Filme lisérgico como sempre, de um diretor que não é fácil de se trabalhar.

Enfim, o que eu quis dizer com tudo isso? A vida do cara estava uma loucura, temos a interporetação de um personagem que pode lhe ter dado uma dependência em remédios para dormir, notícias de varias mulheres durante esse meses incluindo uma famosa junkie de Holywood, outro filme insano na sequência. No fim das contas não importa se foi suicídio ou não, a questão que ele chegou a um ponto onde tomou muitos remédios e foi embora.

Tudo isso só fica mais bizarro com a declaração do jack Nicholson sobre o ocorrido "Eu avisei a ele".

p.s: A foto acima é a ultima dele tirada no set de filmagem do "The Imaginarium of Doctor Parnassus"

p.s. 2: Sera que esse filme do Gilliam será um novo Dom Quixote? Veremos daqui pra frente o que acontece.

Fortuna!

6.1.08

Resenha: Idiocracy.

Ontem assisti em uma sessão de filmes com uns amigos aqui em casa o filme Idiocracy, acho que ums 50% das pessoas que o assistiram fizeram uma resenha, e lá vou eu ser mais um entre tantos.

Para começar achei o filme ruim de doer, mas com uma idéia central interessante, Mike Judge, que foi o diretor e escritor do roteiro (para quem não o conhece, em uma visita rápida ao IMDB vemos que já escreveu vários episódios de Beavis and Butthead, e atuou em muitos filmes ruins como a trilogia de Robert Rodriguez "Spy Kids") está de parabéns pela idéia de ficção distópica que conseguiu criar, mas a coisa parou por aí.

A História do filme é simples, Joe Bauers (Luke Wilson) é o ser mais mediano do exército americano e junto com Rita (Maya Rudolph) uma prostituta que foi emprestada por seu cafetão à caserna pelo período de um ano são colocados em um projeto ultra secreto de hibernação onde deveriam acordar após um ano, porém devido a problemas os dois acabam acordando somente 500 anos depois, e descobrem que a socidade simplesmente emburreceu, isso porque sem predadores naturais o ser humano não passou pelo crivo da evolução, e assim os mais burros e menos aptos tinham muitos filhos enquanto os mais inteligentes foram tendo cada vez menos filhos o que no fim da conta acaba gerando uma "desevolução" na raça humana onde todos são extremamente burros demais para entender qualquer coisa.

Apesar do filme capenga, essa idéia dentro de uma noção distópica de ficção é bem interessante, pois ela se utiliza de uma argumentação biológica para a extrapolação do mundo atual em um mundo futuro (base comum à distopia), já que em sua maioria as histórias desse gênero são muito ligadas à política criticando governos totálitários e momentos violentos do nosso mundo, e nesse pontoa crítica de Idiocracy é bem interessante, mas esses detalhes quando analisandos um pouco mais à fundo acabam levando a um grande problema.

Ao levantar a idéia de Q.I, utilizar como argumentação a teoria da evolução das espécies do Darwin, e noções de genética para explicar o emburrecimento da sociedade acaba-se voltando a uma base argumentativa muito preconceituosa que serviu como embasamento para grandes atrocidades, que são o darwinismo social, e os determinismos científicos que infelizmente são muito comuns na própia noção de ciência praticada nos Estados Unidos. Dependendo da interpretação que eu der ao que foi passado, posso tirar a conclusão de que se alguem é burro, os filhos também serão burros em uma cadeia interminável desconsiderando assim a noção de cultura, e à partir desse determinismo biológico posso simplesmente achar que pessoas burras deveriam ser mortas pois seus filhos serão burros também, levantando outra idéia que foi muito utilizada para embasar muitas mortes e dominação, a Eugenia.

Óbvio aque a intenção do filme não é levar a essa idéia, mas simplesmente divertir e criticar o nosso próprio mundo que parece cada dia mais estúpido, porém a própria crítica quando olhada mais a fundo é burra, o que de certa forma só reitera a preocupante situação do mundo. Por isso se quiser ver uma ficção distópica mais interessante e com crítica mais contundente procure a trilogia mestra: Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, 1984, de Geoge Orwell, e Laranja Mecãnica do Anthony Burgess.

Fortuna!

5.1.08

De volta e sem favoritos.

Cá estou de volta após ano novo na praia com a namorada, comendo só coisinhas saudáveis como porco defumado, javali, lentilha cheia de bacon, sorvete, e lanches enormes com cebola frita em molho inglês, acho que só nessa já engordei uns 5 quilos.

Alguém sabe esquema de salvar favoritos online? eu ouvi dizer que tem um esquema desse mas esqueci o site, o firefox deu algum pity aqui e deletou todos os meus favoritos, uma lágrima está rolando dos meus olhos nesse momento. õ(

Enfim, estou vivo, hoje começa a passar WWE no SBT e faltam somente dois episódios para eu terminar Rome, e como esse é o primeiro episódio do ano gostaria de mandar todo meu amor às pessoas que chegam aqui, por isso coloco para vocês "Linear - Sending all my love"


A verdade é que tava procurando alguma desculpa pra colocar essa tosquice aqui. Mais tarde volto com algum post realmente construtivo, e nada de diarinhos.

Fortuna!